Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão.
domingo, 30 de abril de 2017
Despedida
Era uma palavra pequena. Era uma palavra diminuta. Era uma palavra apenas. Mas foi uma palavra tão bruta. Foi muito maior que a cena: adeus!
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Mudança
quinta-feira, 20 de abril de 2017
Surpresa!
Era tanto seu desgosto,
que a cada dia lhe faltava
mais espaço, mais espaço!
Não havia mais um palmo
na frente do seu rosto!
Nem mais um toque de abraço!
A compressão de sua oprimida
angústia foi ao oposto.
Buscou alcançar o horizonte!
Com o estrondo de um impacto
entre o mar e o vão,
um colapso surgido do vácuo,
nasce um big bang da explosão
de seus tímpanos!
Adeus coração!
Enfim, pulara da ponte!
quarta-feira, 19 de abril de 2017
domingo, 16 de abril de 2017
Reconhecer-se
Não é fácil, mas de mim mesmo eu rio! Meu sorriso é uma ponte sorridente que passa todos os dias sobre mim mesmo, eu...o rio!
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Maya
São dois ausentes: primeiro,o dono da festa; segundo, o outro, cada um de nós! O primeiro não se mostra de frente, mas está por trás de toda a cena. O segundo, cada um de nós que passamos a vida inteira reclamando e deixando deslizar entre os dedos toda a beleza de cada momento! O primeiro está eternamente. O segundo, todos nós, estamos em condição aparente, como retalhos de uma ilusão frequente! Que pena! Perdemos a cena frequentemente!
terça-feira, 11 de abril de 2017
Constância
Um pingo pinga um pingo!
Um pingo pinga um pingo depressa!
Um pingo pinga uma enxurrada à bessa!
sábado, 8 de abril de 2017
Clarividência
Olhinhos que olham envesgados
são olhinhos de enamorados!
São pontinhos de suspense
depois da frase,
são sinais de reticências!
É muito fácil ao poeta
encontrar o indiscreto
que está por dentro
das aparências na janela
aberta do secreto!
Pequeno poema
Quem diz que está só, mente! Estar só é ESTAR! SOMENTE!
Quem diz que vai SER, se, se, se...MENTE! No próprio SER já está a SEMENTE!
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