O mendigo passava todos os dias por alí. Sujo cheirando um ano sem banho, recebia seus trocados, em moedas de pouco valor, que lhe cobriam um pão seco e vezes ou não um cigarro fatiado.
Pierre era de bom coração. Quando viu aquela mão ressequida surgindo detrás dos trapos, estendida e trêmula, colocou nela um dinheiro que alguém jamais lhe havia dado. O mendigo agradeceu, sorriu, pulou de contente. No outro dia apareceu pendurado na praça por uma corda de nylon, de uma árvore bem alta, uma corda bem cara, do valor contido no gesto de caridade.
Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão.
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