Martha não aguentava mais sua vida turbulenta na metrópole. No trabalho, todos se bedelhavam em sua vida, num desdém à vista. Entrou no carro e saiu pela orla marítima em busca de uma praia o mais deserto possível. Encontrou-a finalmente. Meia dúzias de casas e uma pousada repintada sobre uma antiga colônia de pescadores. Logo de manhã, no dia seguinte foi à praia. Enorme pedreira atraiu-a, encravada no mar. Escalou-a, passeou por várias lajes, declives, subidas e sentou-se. Observou que várias pedras enormes pareciam animais pré-históricos. Inclusive a pedra em que estava sentada, dava a impressão que respirava! Resolveu voltar para a pousada, pois julgou-se muito cansada, ao ponto de ter tais impressões.
No outro dia voltou à pedreira. Todas as pedras que pareciam animais pré-históricos estavam fora do lugar, como se estivessem movimentado à noite. Pedras-elefantes-rinocerontes-tartarugas gigantes-sapos-baleias-dinossauros, etc. enormes em lugares diferentes. O sapo gigante em que estava sentada, respirava lentamente, enquanto o oceano chocava-se violentamente contra eles.
Em apenas cinco dias ela descansou o suficiente para sentir-se em paz e aprender com a natureza o jogo do disfarce. Era o que precisava para enfrentar o mundo e as ondas de vai e vem de seus habitantes.
Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão.
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