domingo, 22 de abril de 2012

quarta-feira, 10 de novembro de 2010MINICONTO 34 - ??? Sempre juntos. Muito certinhos. Sete horas é sete horas. Marcou, tem que cumprir. Casaram-se. Diziam que eram almas gêmeas. Um para o outro. Passaram-se anos. Sempre juntos. São agora dois ponteiros de relógio: um é o das horas, mas o outro é o dos minutos. MINICONTO 33 - zigmacrítico Errou um? Os outros também! Está fora do local? Os outros também! Perdeu o rumo? Todos perderam! Não está no lugar certo? Os outros também não! Ele pensa que a festa está maravilhosa. Tudo conforme o combinado. O cardápio um show. O anfitrião anda prá lá e pra cá com a camisa puxada. MINICONTO 32 - alfabsurdo da realidade "Estamos aqui, juntos, unidos, reunidos, irmanados, associados, entrelaçados, em torno de nós, neste recinto, neste lugar, neste espaço, nesta área, alegres, felizes, contentes, maravilhados e satisfeitos." O Presidente do Instituto Teológico, cumprimenta-o pela complexidade do discurso, coloca o anel de formatura em seu dedo, apresenta-lhe o rolo contendo o diploma de Bacharel em Teologia e dá um sorriso animalesco para a platéia, com a réplica de múltiplos concordantes do seu círculo assim-assim, assim-assim, assim-assim. MINICONTO 31 - Zetabsurdíssimo A intenção de Vera foi esta mesma: ir para a festa, beber até encher o talo, comer de tudo, dançar e esquecer seus problemas. Quando chega em casa começa a ouvir sons: "diz que chego amanhã"..."manda o cheque"... "não sei..." "vai lá"...."a visita é depois das três"... Vera está tonta e cai. Direto para o hospital. Sala de cirurgia. No outro lado da cidade: "meu filho, pelo amor de Deus, então você enfiou o chip do meu celular dentro da torta?" MINICONTO 30 - ômega Dr.Teodoro é um juiz super atarefado. Processos se apinham ao seu lado e a custa de três enfartes ele não deixa a peteca cair no chão. Sua antiga secretária exibindo um decote, traz um fardo de folhas. O juiz proclama: "lendo na página centésima sexualgésima, encontramos no processo as razões do delito." Por atos falhos freudianos ele não deixa cair nem a peteca, nem a merreca. MINICONTO 29 - y abandonado numa equação Por seu mínimo metro quadrado passa sorvete, pizza, carne de primeira, queijo suíço, azeitonas importadas, vinho francês, sucrilhos, chocolates, enlatados. Oito horas sentada. Martha fecha o expediente às 8:45 h. Apanha sua cesta básica que vai carregar até o ponto de ônibus. Só não passa sua dor na coluna. MINICONTO 28 - meio x A namorada? São duas quadras à direita. Ali é a mãe do Patrício. Calma, rapaz. Não precisa de pressa. Aqui prevalece o vazio. Não precisa de acelerar tanto. Seu acelerador já provocou suas percas. Tem uma funcionária que troca as flores duas vezes por semana. Hoje é sábado. Paulo compra o jornal. Senta-se. Deita-se sobre o jornal, no banco do ponto de ônibus. Participa de uma caçada policial. Entra numa casa abandonada e se esconde. Tiro por toda parte. Uma senhora apanha o jornal sobre o banco. Vai lendo aos poucos. O jornal estava um pouco pesado e joga-o no valão. Paulo chega em casa todo sujo de esgoto. MINIPOEMA 6 Último ponto: pronto! O carro? Esqueca-o bicho. É tal qual papel amassado no lixo. Seus pais: deixa disto! MINICONTO 26 - absurdo nearrow Alguém me persegue. Deste ângulo da sala vejo sua sombra sob a porta principal. "190! Ele é alto, de boné e violento!" Resolvido. Saio. Parece que ele se abaixou no estacionamento. Vou a todo vapor. Na avenida ele vem atrás. Dobro à esquerda em frente à delegacia. Ele some. No supermercado: escondeu atrás das gôndolas 19 e 20. Entrou um guarda federal e ele fugiu. Na lanchonete: sento-me em uma mesa a dois. Combino com o da frente de pedirmos os pratos e depois os trocarmos. Falo que dá sorte. Funcionou! Saio rápido antes que ele caia e morra à minha frente. No divã: me lembro sim, tinha dezenove anos, estávamos no parque quando os militares nos prenderam. Os revolucionários nos levaram para uma prisão distante. Um pingo de água torturava minha cabeça a noite inteira. Fátima morreu com um chute no ventre. Saulo de pneumonia, Carla de hemorragia. Fingindo-me de bondoso, fugi. Mas isto já faz quarenta anos doutor. O senhor acha que tem alguma influência na minha doença? MINICONTO 25 - ~ semelhante Ela obedece a mesma rotina: sai do carro, dá aquela voltinha sensual, abre a porta lateral, mais uma bolsa de marca, sapatos altos, requebra na sombra da vidraça da portaria e entra. Eu, daqui desta janela, ela nunca me percebe. Paixão à meia distância da vista. Acordo: duas da manhã. Oh! a janela do seu quarto está aberta. Ela tem outro! Ela não! ELE! ELE & ELE ! As sombras nas paredes aumentam seus dotes. MINICONTO 24 - / quantificação invariavel Sol da manhã, de frente pro mar, sala dois ambientes, sacada, play graund, duas suites, aeroporto em vinte minutos, portão eletrônico, interfone, porteiro dia e noite, ao lado do Mc Donald's, encostado no Shopping...esquina charmosa... Ela ainda admira o anúncio de uma semana atrás, recortadinho, preso sob uma jarra de artificiosa primavera. Para os fantasmas da solidão ela tem em dia uma caixa de diazepam. MINICONTO 23 - V disjunção lógica No meio da montanha o arcebispo estava com a batina toda rasgada: "procurem o Cristo. Encontrem-no de qualquer maneira!" Alguns sobreviventes procuram-NO por toda a parte, pelas saliências do terreno. Várias macas sobem com corpos agonizando. Helicópteros atentos sobrevoam a região. Um garoto que se amorteceu numa mala, apontou para a cruz vazia na mão do religioso e perguntou: "porque será que ele pulou do crucifixo, na hora em que o ônibus rolou pelo precipício?" MINICONTO 22 - absurdo não q ou i O pastor atravessa um pântano e uma mata. Só lhe falta vencer a correnteza caudalosa do rio para escapar do linchamento. Ainda escuta uns sons: "alô alô alô jornal nacional! Pastor Admastor transa com a mulher do coronel Arlindo!" A bicicleta de som engoliu o disco. Há uma semana atrás a cidadezinha estava calma e o ar devidamente lindo. Somente a oposição enraivecida com a notícia da candidatura do pastor a prefeito, arquitetava um plano em volta de um maníaco. MINICONTO 21 - absurdo y 2.1 As duas solteironas tentam rapidamente fugir do estupro. "Táxi!!!!!!!!!!" O farol do táxi ilumina de baixo em cima o cartaz na porta do teatro: "última exposição de Picasso". MICONTO 20 - absurdo y 2 O incrível Hulk sai apressado do carro. O povo entra em pânico. O bar esvazia. Ele mesmo se serve com uma coca-cola. Entra no carro de novo e segue viagem. Apertando o rev: o carro está parando, ele vem por uma rua estreita, confunde na avenida a entrada da cidade, vem pela BR, está saindo do RJ, o lutador King Kong termina de se maquiar, King Kong acorda, King Kong trabalha a semana contando os dias, a mãe de King Kong mostra para ele o anúncio de um concurso de fantasias: 10.000 reais para a fantasia mais verdadeira! no interior de Minas Gerais. MINICONTO 19 / axy = p + z Da. Elza está atenta no programa de televisão. Aguarda o telefonema do programa Doação do Amor. "Lembro-me bem, meu filho. Escutei um rosnar debaixo da cama. Pensei que era o cão. Estava acordando. Chutei o chão. Rág!!!! Meu Deus, deixei a porta aberta. Pela fresta vi o esqueleto do meu cão. Desacordei. Bam! Bam! Bam! acordei de novo. Arrastaram o bicho pra fora. Foi quando vi um pé humano cair no chão" Conta-se em várias localidades vizinhas que um circo dos horrores atravessou a madrugada, com uma caixa mágica em forma de jaula aberta. MINICONTO 18 / axy - z = p Em suas mãos a receita com o CID 23.0. Contempla as formiguinhas seguindo o caminho das letras engarrafadas do médico. Escuta um tremendo estrondo: booooooooooooommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!! Desliga o fogão a gás. Olha através da janela: dois aviões Boeing pretos vão em direção às duas torres!!!!!!!!!!!!!! Engole num só susto o comprimido de lorazepam. Acorda não sabe quantas horas depois. A tarde cinza deságua sobre as duas torres da Matriz, com um urubú posado em cada arco. Um braço, outro braço: dois braços, em abscissa, cabeça, tronco, per na s, em ordenada, o ponto é o umbigo. Nenhum abraço. O coração aos pedaços. MINICONTO 17 - absurdo axy + p = z Silas chegou cansado da longa viagem. Também fez o que sempre sonhou. Jogar em cassinos e dormir em boates. Conhecer uma garota com ar de boneca. Guardou as malas. As chaves do carro cairam na poltrona. Os documentos ficaram espalhados sobre a mesa da sala. Dolores estava mais abatida que perdiz de caça. Lançou sua bolsa sobre o criado mudo. Colocou os sapatos sob a cama. Tirou os cílios. Arrancou as sobrancelhas. Retirou as dentaduras e as unhas postiças. Escovou a peruca loura e esticou-se na cama com uma camisola bordada hecha em Paraguay. Dormió con sus dolores hechas em Paraguay. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 15:27 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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MINICONTO 197 - O HOMEM QUE RIA DE SUA COLUNA - HO... MINICONTO 196 - Nunca Mais - Thifareth MINICONTO 195 - José Luiz Teixeira do Amaral - Min... MINICONTO 194 - Guedulah ► Março (17) MINICONTO 193 - Binah MINICONTO 192 - Chokmah MINICONTO 191 - Khether MINICONTO 190 - Thô MINICONTO 189 - Shin MINICONTO 188 - Resh MINICONTO 187 - Koph MINICONTO 186 - tsade MINICONTO 185 - Phe (pe) MINICONTO 184 - Kwain MINICONTO 183 - samekh MINICONTO 182 - nun MINICONTO 181 - mem MINICONTO 180 - lamed MINICONTO 179 - khaph MINICONTO 178 - yod MINICONTO 177 - teth ► Fevereiro (17) MINICONTO 176 - cheth MINICONTO 175 - Zain MINICONTO 174 - Vav ou Vô MINICONTO 173 - He MINICONTO 172 - Daleth MINCONTO 171 - Ghimel MINICONTO 170 - Beth/interior/ativo MINICONTO 169 - Aleph/Ela MINICONTO 168 - anti-precisão MINICONTO 167 - nova dimensão UMEF JUIZ JAIRO MATTOS REINAUGURA NOVA DIREÇÃO COM... MINICONTO 166 - O reinado dos ratos MINICONTO 165 - A visitante MINICONTO 164 - Pena Máxima MINICONTO 163 - " ? " MINICONTO 162 - entre o sim e o não MINICONTO 161 - a estrada e o abismo ► Janeiro (25) MINICONTO 160 - A lã Pô/ema ▼ 2010 (154) ► Dezembro (77) ▼ Novembro (77) UMEF JAIRO MATTOS:MODELO EM EDUCAÇÃO/www.sosbrasil... 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MINIPALAVRA Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão. domingo, 6 de fevereiro de 2011MINICONTO 161 - a estrada e o abismo Ele olhou o sol. Em seguida percorreu com seu olhar a estrada do sol, até seus pés na areia. Ele precisava de se libertar, de encontrar a saída. Seguiu a primeira nuance da estrada do sol. Continuou andando sobre os brilhos e as pérolas que se vislumbravam. No fim do abismo estava o fundo do mar. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:21 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Imprimiu todos os quadros de Van Gogh que pode, repetiu-os ao máximo e colou nas paredes de seu apartamento. Sua realidade interna foi a máxima expressão de sua verdade pós-morte. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 05:55 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem sexta-feira, 28 de janeiro de 2011MINICONTO 158 - Franz Kafka roda a baiana Agora os terminais de ônibus possuem bibliotecas sociais. Grande passo da sociedade civil organizada. Afrânio leva para casa dois livros de Kafka: A Metamorfose e O Processo. Um passo em falso. Enquanto ele canta no chuveiro, sua esposa folheia rapidamente os livros: "Ah! só faltava esta! Ele vai fazer um curso para se transformar numa barata. Aí eu dou uma vassourada nele. Ele volta ao real e me processa por violência familiar!" No outro dia no consultório médico: "Doutor, vê se aumenta mais a minha dose de Rivotril!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:15 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem terça-feira, 25 de janeiro de 2011MINICONTO 157 - El tiempo Todos os dias passeava pelas ondas na beira da praia. Conversava com elas seus sentimentos. Mas o tempo passa. Agora, velho, sentado no banco, Seu Galeao olha o dorso do mar. Entre os dois há um segredo muito grande. O mesmo que as ondas apagaram e que ficou guardado no cofre longínquo da lembrança. Um tesouro de perguntas e respostas que não ficou enterrado no fundo do mar. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 05:09 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Agora esta p... deste padre, que já está atrasado para a missa de sétimo dia de seu filho! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 02:49 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem sexta-feira, 14 de janeiro de 2011MINICONTO 154 - psiquê Mais cerveja, mais...a mesa está cheia, contando com as que já bebeu, completa um engradado!!! No seu inconsciente tem um baú muito antigo, afastado para bem longe, de uns doces guardados numa cristaleira fechada a chave. A chave bem escondidinha pela mamãe. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:53 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 153 - ciúme Um corpo de mulher no chão. No carro policial um homem algemado. Um palmo de pano não custa quase nada. Mas a menos, custou a morte da pobre moça. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:48 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 152 - pensamínico Arthur enamorava o mar. Naquela enseada, em forma de sereia. Não era Rei, não pertencia à Távola Redonda, não foi discípulo de Merlin, nem empunhava a espada de Excalibur; apenas observava as ondas vindo e indo, imaginando quem ia e vinha mais do que seus pensamentos. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:41 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quarta-feira, 12 de janeiro de 2011MINICONTO 151 - Adiós! Hasta siempre! Vera olhava em volta da cama. O guarda-roupa envernizado, a cortina rendada na janela, entreaberta, escapando um pouco de sol. Estava despedindo do ex. Adeus quarto, casa, rua, bairro, país, universo, adeus tudo. Este mundo é passageiro. Este mundo é ex. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 09:56 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quarta-feira, 5 de janeiro de 2011MINICONTO 150 - doutoreco Dr. A.B.Surdo ouve atentamente a mais um paciente. Neuropatite, sinusite, palpitações, dor no estômago, pleurite......Sua receita e seu milésimo palpite: 0,5 g de ácido acetilsalicílico + 0,3 g de cafeína.... uma droga que se encontra em qualquer esquina, base do melhoral (faz bem se não faz mal). Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 06:45 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 143 - retorno 3 Fitar as estrelas e ser considerado um poeta ou sonhador? Pobre vizinhança, que não percebe qual o sentido de nossa gênese. Antonio apalpa seu pensamento e descobre que a estrutura do seu ser é totalmente coerente com o simbólico. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:27 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 142 - retorno 2 Seu sono é profundo e sua forma de dormir é secular. Recolhe os joelhos com as pernas junto ao abdomem. Encolhe o tórax e a cabeça. Parece uma bola revivendo sua antiguidade filogenética/uterina. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:21 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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MINICONTO 197 - O HOMEM QUE RIA DE SUA COLUNA - HO... MINICONTO 196 - Nunca Mais - Thifareth MINICONTO 195 - José Luiz Teixeira do Amaral - Min... MINICONTO 194 - Guedulah ► Março (17) MINICONTO 193 - Binah MINICONTO 192 - Chokmah MINICONTO 191 - Khether MINICONTO 190 - Thô MINICONTO 189 - Shin MINICONTO 188 - Resh MINICONTO 187 - Koph MINICONTO 186 - tsade MINICONTO 185 - Phe (pe) MINICONTO 184 - Kwain MINICONTO 183 - samekh MINICONTO 182 - nun MINICONTO 181 - mem MINICONTO 180 - lamed MINICONTO 179 - khaph MINICONTO 178 - yod MINICONTO 177 - teth ▼ Fevereiro (17) MINICONTO 176 - cheth MINICONTO 175 - Zain MINICONTO 174 - Vav ou Vô MINICONTO 173 - He MINICONTO 172 - Daleth MINCONTO 171 - Ghimel MINICONTO 170 - Beth/interior/ativo MINICONTO 169 - Aleph/Ela MINICONTO 168 - anti-precisão MINICONTO 167 - nova dimensão UMEF JUIZ JAIRO MATTOS REINAUGURA NOVA DIREÇÃO COM... MINICONTO 166 - O reinado dos ratos MINICONTO 165 - A visitante MINICONTO 164 - Pena Máxima MINICONTO 163 - " ? " MINICONTO 162 - entre o sim e o não MINICONTO 161 - a estrada e o abismo ► Janeiro (25) MINICONTO 160 - A lã Pô/ema ► 2010 (154) ► Dezembro (77) ► Novembro (77) Quem sou eu José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem Escritor, poeta, inspirado pelas luzes dos antigos sábios e ensinamentos sagrados, herdados da Península Ibérica, através dos filhos de Abraão. Visualizar meu perfil completo Modelo Travel. Imagens de modelo por sbayram. Tecnologia do Blogger.
MINIPALAVRA Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão. terça-feira, 8 de março de 2011MINICONTO 180 - lamed A vontade maior era matá-la. Não podia suportar aquele desdém. Olhar em seus olhos não seria mais possivel, pois eles olhavam para outros olhos. Agora seus olhos eram dois túneis por onde ele entrava de viés e morria aos poucos, desaparecendo nas asas do desespero. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:40 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:32 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 177 - teth Mauro deitou-se e dormiu enquanto a branda luz da janela se desprendia. Um fantasma atravessou o corredor e correu para a sala. Seu rosto era de um velho dono de sítio. Seus pés e seus braços os de uma criança com seus aparente nove anos. No fundo da sala um saco de mangas. Dos olhos do fantasma saltam dois cães ferozes e sua boca cospe tiros de sal. Um imenso muro distancia as mangas para bem longe. O relógio da sala bate as doze costumeiras horas da meia noite. O fantasma se assusta e volta correndo. Atravessa o corredor. Interna-se em seu inconsciente. Mauro acorda e recorda de sua infância. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 10:47 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 05:10 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 173 - He Foi uma explosão. Ele mesmo a provocou. Tudo ficou de pernas pro ar. Pensou, marcou, ganhou! Agora isolado, com nome trocado, usando um disfarce, pode-se dizer que sofreu um atentado contra si mesmo. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 05:04 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 172 - Daleth A questão principal era encontrar seu lugar no mundo como mulher. Só lhe ofereceram duas oportunidades: o brilho encantador de um lar organizado ou a avenida infinita de mesinhas de bares. A culpa cabe aos homens, exímios caçadores desde tempos imemoriais, haviam recolhido todos os troféus das conquistas e condições humanas. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 05:01 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINCONTO 171 - Ghimel Cantar e dançar? Nem como! Seria o mesmo que assoviar e chupar cana. Trabalhar e sorrir? Também não dá. Conversar e ouvir? Não seria exigir demais. Até que cantar, somente cantar, sentado na poltrona solitária da sala, daria. Mas cantar e tomar banho, não! Trabalhar sim, desde que ficasse quietinho naquele canto sombrio do escritório. Mas sorrir trabalhando, seria mais fácil ser alpinista. Conversar e ouvir. Nem conversar, nem ouvir. Não há nada para ele falar. Ele não tem mais nada para ouvir. Este "e", este pequenino "e", que conecta os elementos da vida de todo mundo, não cabia em seu universo. Onde está ela "e" ele? Ou melhor explicando, onde está sua mãe? Ele nunca a conheceu. Ela levou consigo o seu "e". Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:58 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 170 - Beth/interior/ativo João, suor da cabeça aos pés, molhando o vermelho da macacão, vermelho que não era socialista, vermelho terceirizado, transgenizado pelo neo capitalismo. Exposto como objeto. Na solidão de seu barraco, de bermuda brechó, comendo o mínimo do mínimo, tenta ser voyeur de um super programa de tevê. Exposto como sujeito. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:50 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 169 - Aleph/Ela Certeza absoluta sim! Sem dúvida alguma, sabia como obter aquela linda bolsa na vitrine do shopping. Conhecia as artimanhas para ganhá-lo. Lutava por ele, sabendo que não lhe pertencia. Um pedaço dos outros. Não dela, nem das colegas delas. Era dos outros e dos amigos deles. Por maior que fosse sua capacidade de consegui-lo, estava femininamente submetida à sexualização do dinheiro. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:46 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem terça-feira, 22 de fevereiro de 2011MINICONTO 168 - anti-precisão Todo dia Ricardo ia para a fábrica. Batia o ponto. Alinhava o torno, retirava quaisquer aparas ou poeiras que sobrassem pelo viés do dia anterior. Mais uma jornada se iniciava mergulhado como Carlitos em seu mundo moderno. Batia o ponto. Alinhava o torno. Batia o ponto. Alinhava o torno. Desta vez debateu-se como uma vírgula. Bateu as botas. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 16:53 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011MINICONTO 167 - nova dimensão Foi somente uma palavra pronunciada: "perdão!" Com esta palavra abriu-se a luz. E foi a luz do primeira dia. E foi o dia da primeira primavera. E foi a primavera da primeira flor. E foi a flor do primeiro jardim. E o foi o jardim onde não houve mais uma expulsão. Não foi um jardim do Edem, mas foi um jardim da permanência. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:30 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Melhor explicando: seu corpo ficaria entre as grades enquanto existisse vivo. Completando: suas idéias, como são imortais, sobreviveriam em outros corpos, em outros locais, em outras épocas. A idéia sempre escapa entre os dedos dos algozes. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:11 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem domingo, 6 de fevereiro de 2011MINICONTO 163 - " ? " Usava chapéu. Andava ao léu. Morava em arranhacéu. Não, não chamava Manuel. Era aventureiro. Não era venturoso. Virou o mundo da cabeça aos pés. Descascou-o do casco ao convés. Mas não encontrou o que há por detrás dos véus! Não usa mais chapéu. Usa boné com o bico roído. Agora apenas arranha o céu com os olhos fitos nas estrelas, em cada noite dormida nas areias da praia. Agora é um bem aventurado. O seu teto é o céu. O seu caminho são as estradas do mundo. Reduziu-se a um nada. Seu erro foi atravessar a fronteira que limita a realidade e a imaginação. Ficou além da travessia. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:45 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 162 - entre o sim e o não A passagem era estreita. Retiraram-no puxando-o pela cabeça ensanguentada. Entre um tropeço e outro, uma sílaba e outra foi rompendo estrada. Entre as árvores, as frutas suspensas, as horas marcadas foi vivendo, através do quintal. Entre as mesas e os papéis e as outras mesas, um horário, outro horário, foi suportando através das vidraças. Entre conflitos de idéias opostas, entre as pessoas nas ruas, sempre diante da passagem estreita. Todo este risco se fez progresso, criou novos atalhos e abriu a janela da esperança. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:29 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem Postagens mais recentes Postagens mais antigas Início Assinar: Postagens (Atom) Minha lista de blogs http://francomacom.blogspot.com/ O VAI E VEM DO RECADO AMOROSO 2 dias atrás http://umefjuizjairomattosnews.blogspot.com/ DÉBORA VAZ, PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SEU PROJETO EXTRAORDINÁRIO 2 dias atrás http://cafepoema.blogspot.com/ EU, ELA E A JANELA 4 dias atrás http://joseluizteixeiradoamaral.blogspot.com/ FANTÁSTICO! 1 semana atrás http://adameveelsalem.blogspot.com/ PERDÃO: CURA DE TODOS OS MALES 2 semanas atrás http://shalomelshadai.blogspot.com/ JOSUÉ, O SOL, TORÁH E A CABALÁH 2 semanas atrás http://tronodesalomao.blogspot.com/ Dr. FERNANDO FERRARI NOGUEIRA CAMPOS - O REI DA ESTÉTICA 2 meses atrás http://sosbrasileiro.blogspot.com/ GOOGLEM EM BLOGGER 3 meses atrás http://projetolorena.blogspot.com/ BELO TEXTO DO PROFESSOR LOACYR CLÁUDIO (PROF.CICA) PARA O DIA DAS MÃES 4 meses atrás http://rabinoyoussef.blogspot.com/ DIRETORA COMETE ASSÉDIO MORAL, MAS É UMA QUESTÃO PSICO-ESPIRITUAL 4 meses atrás Seguidores Arquivo do blog ▼ 2011 (74) ► Setembro (3) DOAÇÃO FANTASMAGÓRICA - Miniconto 208 ENCONTRO DO DESENCONTRO - Miniconto 207 O INESPERADO DE UMA GRANDE SURPRESA - MINICONTO 20... ► Julho (1) MINICONTO 205 - A valsa do vento ► Maio (2) MINICONTO 204 - Trocadilho solar/do amor MINICONTO 203 - A cruel face da existência ► Abril (9) MINICONTO 202 - ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICOS NA PRAIA MINICONTO 201 - O outro pedaço da história MINICONTO 200 - O PREÇO DA CORDA - Malchuth MINICONTO 199 - A COLHEITA NEFASTA - Yesod MINICONTO 198 - NA MORTE A HERANÇA DAS FLORES - Ne... MINICONTO 197 - O HOMEM QUE RIA DE SUA COLUNA - HO... MINICONTO 196 - Nunca Mais - Thifareth MINICONTO 195 - José Luiz Teixeira do Amaral - Min... MINICONTO 194 - Guedulah ▼ Março (17) MINICONTO 193 - Binah MINICONTO 192 - Chokmah MINICONTO 191 - Khether MINICONTO 190 - Thô MINICONTO 189 - Shin MINICONTO 188 - Resh MINICONTO 187 - Koph MINICONTO 186 - tsade MINICONTO 185 - Phe (pe) MINICONTO 184 - Kwain MINICONTO 183 - samekh MINICONTO 182 - nun MINICONTO 181 - mem MINICONTO 180 - lamed MINICONTO 179 - khaph MINICONTO 178 - yod MINICONTO 177 - teth ► Fevereiro (17) MINICONTO 176 - cheth MINICONTO 175 - Zain MINICONTO 174 - Vav ou Vô MINICONTO 173 - He MINICONTO 172 - Daleth MINCONTO 171 - Ghimel MINICONTO 170 - Beth/interior/ativo MINICONTO 169 - Aleph/Ela MINICONTO 168 - anti-precisão MINICONTO 167 - nova dimensão UMEF JUIZ JAIRO MATTOS REINAUGURA NOVA DIREÇÃO COM... MINICONTO 166 - O reinado dos ratos MINICONTO 165 - A visitante MINICONTO 164 - Pena Máxima MINICONTO 163 - " ? " MINICONTO 162 - entre o sim e o não MINICONTO 161 - a estrada e o abismo ► Janeiro (25) MINICONTO 160 - A lã Pô/ema ► 2010 (154) ► Dezembro (77) ► Novembro (77) Quem sou eu José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem Escritor, poeta, inspirado pelas luzes dos antigos sábios e ensinamentos sagrados, herdados da Península Ibérica, através dos filhos de Abraão. Visualizar meu perfil completo Modelo Travel. Imagens de modelo por sbayram. Tecnologia do Blogger.
MINIPALAVRA Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão. quinta-feira, 21 de abril de 2011MINICONTO 200 - O PREÇO DA CORDA - Malchuth O mendigo passava todos os dias por alí. Sujo cheirando um ano sem banho, recebia seus trocados, em moedas de pouco valor, que lhe cobriam um pão seco e vezes ou não um cigarro fatiado. Pierre era de bom coração. Quando viu aquela mão ressequida surgindo detrás dos trapos, estendida e trêmula, colocou nela um dinheiro que alguém jamais lhe havia dado. O mendigo agradeceu, sorriu, pulou de contente. No outro dia apareceu pendurado na praça por uma corda de nylon, de uma árvore bem alta, uma corda bem cara, do valor contido no gesto de caridade. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 10:57 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 199 - A COLHEITA NEFASTA - Yesod Pedro era dono de uma maravilhosa chácara. Justamente no centro dela, ele plantou uma semente. Ele proibiu que comessem de seu fruto. Ele não queria ninguém no centro daquela confusão. Martha foi o pivô de todo o seu problema. A casa diametralmente construída dentro do terreno, virou bangú nas mãos de gigolôs. Os que comeram daquele fruto, pereceram de corpo e alma. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 10:51 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Se jogava na coluna do meio dava coluna 2, se jogava na coluna 2, dava coluna l. Mas e os bicos de papagaio que o obrigavam a andar com aquele cajado? Esquece, mano! Lugar de papagaio não é na coluna, é no puleiro! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 17:40 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem domingo, 17 de abril de 2011MINICONTO 196 - Nunca Mais - Thifareth Sônia esperou-o até a meia noite. Ele não chegou. Passaram-se cinco anos. Hoje, Sônia debruça sobre a janela e pensa: ele só queria atravessar para o outro lado da rua e não para o outro lado da vida! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 16:36 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Não só para a praça, para a vida, despenteando e desabotoando a camisa e não mais que um chinês, onde toda a minha estrada reduziu-se a um fio de alfinete e toda a minha história escrita na cabeça deste alfinete. Tudo passou rapidamente no círculo circunscrito além da praça, da igreja e de minha casa com mamãe perguntando a dúvida mais sagrada de minha vida, até agora no meu coração e na minha alma. Este eterno presente em que escrevo este conto, sopra folhas secas ao vento e abre as cortinas da permanência, da imanência. Passado e futuro são os únicos ingredientes em que posso parar e pensar neles profundamente. Preciso de voltar aos meus catorze anos e dizer para mamãe que a praça sou eu mesmo. Mesmo sofrendo de Alzheimer, mamãe tem na sua memória o brilho dos meus olhos. Através deles haverá de compreender que andei pelo diâmetro de um círculo com tanta liberdade que ele se transformou na sua circunferência. Entenderá meus múltiplos eus: um profeta, um poeta, um guerreiro, um rabino, um anarquista no bom sentido, e que só posso me encontrar com eles em mim mesmo, no meu inconsciente, onde reina uma aurora primaveril, entre canteiros e flores, entre arvoredos cheios de lacerdinhas(insetos que nos incomodavam, pois quando caiam sobre nós, provocava uma terrivel coceira), entre bancos com outros eus sentados, contemplando a vida láctea com bilhões de estrelas. GEBURAH ! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 06:47 1 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem domingo, 3 de abril de 2011MINICONTO 194 - Guedulah Nívea apanha o retrato três por quatro do seu ex-marido. Com a tesoura recorta o retrato e fica apenas com o branco do papel. Com um fósforo aceso, queima o retrato. Abre o frasco e deixa cair as últimas cinzas que restaram. Era o desejo dele. Depois de uma longa e trágica doença, deixou todas as coisas acertadas, inclusive o crematório. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:42 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quinta-feira, 17 de março de 2011MINICONTO 193 - Binah Lucinha corria prá lá e prá cá, atrás de sua filmadora. Todos estavam sendo filmados para a posteridade. Lucinha sempre atrás das lentes... sempre atrás...em todas as festas e solenidades, somente ela filmava, somente Lucinha. Quando Lucinha se olha no espelho não consegue esquecer-se das terríveis queimaduras provocadas por uma panela de pressão, na infância. Lucinha é assim: uma hora em frente ao espelho, outra hora atrás das lentes da filmadora. Sempre atrás, ou do espelho, para se ver horrivelmente de frente ou da filmadora para nunca ser ver. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:55 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quarta-feira, 9 de março de 2011MINICONTO 192 - Chokmah Todos os sócios foram se aproximando. Chegando um a um na ponta dos pés. Curiosos são cúmplices cartoriais. Um corpo estirado no chão, a moto aos pedaços. O investidor principal algemado a um canto, bêbado, sem lucidez alguma, com a frente do carro em forma de flor de hiroshima. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:53 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 191 - Khether O amor foi aquecendo, aquecendo, chegando ao último grau possivel e ele foi derretendo, derretendo, tornando-se cada vez mais plástico e dúctil ao ponto de se enquadrar na sua fôrma. Tornou-se outro ao passar pela fornalha serpentuosa. Um dia ela se foi. Desapareceu por baixo de todas as marquises e sacadas. Hoje, ele é uma alma penada, informe, sem vida, sem força, sem vínculo, sem identidade, pois perdeu completamente a sua forma existencial. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:50 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem terça-feira, 8 de março de 2011MINICONTO 190 - Thô Faltou-lhe apenas um passo. Agora veja, um passo! Ele que já havia ganhado tantas corridas. Algumas até de doze quilômetros! Mas o ônibus é metálico demais, pesado ao extremo e o motorista estava preocupado com um motoqueiro que se aproximava bastante de sua lateral esquerda. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:18 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 189 - Shin Josias olhou este único momento de eternidade, onde jaz o tempo com seu passado, presente e futuro instantaneamente ligado ao número. Percebeu a extensão infinita do espaço, onde permanece o comprimento, a largura e a profundidade, permanentemente sob as leis da medida. Conheceu a substância original da matéria em seus estados sólido, líquido e gasoso, consequentemente submetido à categoria do peso. Ajoelhou-se e disse: Eu Sou! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:14 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 188 - Resh Pierre ganhou uma estrela de David, aquela de seis pontas. Uma voz falou trimegisticamente em sua alma: "o que há em cima é o que há em baixo". Abraçou a estrela e sentiu que a divindade transpassava o mundo, ou em outrs palavras, havia uma essência divina no subliminar mais profundo de todas as coisas. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:07 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 187 - Koph O que ele deveria dizer a si mesmo? Então haverá um outro dentro dele? Oh! que grande descoberta. Deixará de hoje em diante que esse outro vá à sua frente e o guie. Com certeza não precisará mais de pedir desculpas ou perdão. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:04 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 186 - tsade Antunes pensava diante da teoria da relativade. Se há uma igualdade, tudo é igual. Tudo é permanente. As alterações da realidade são apenas ilusões. O mundo é estático. Somente o amor é extático. Então só há o amor. Quem não cair em suas mãos, não conhecerá a relatividade. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:01 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 185 - Phe (pe) Ele tentata se lembrar qual era a última lembrança que tinha de seu pai. Só que não se dava conta que ela estava embutida neste esforço de lembrá-la. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:56 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 184 - Kwain Mariana no centro da praça observa lá no alto a igreja. O sino parado. Silencioso e mudo convida todas as lembranças a se reunirem em torno de sua torre para lacrimejar os olhos de Mariana. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:53 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 183 - samekh Debruçada sobre o umbral da janela, mirava a rua. Uma vereda tortuosa, infinita, interiorana, onde lá no final que não tem mais final uma menina pulava amarelinha e cantava: "Senhor padre, quero me casar.... com quem será? com o filho do conde?" Quanta tristeza. Até as frases mais pequeninas tem um ponto final. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:50 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 182 - nun Deixou de fumar o cachimbo. A vizinhança reclamava demais. Agora fuma charuto. De novo recomeçam as queixas. Afinal de contas, a sua homosexualidade reprimida também está nas garras daquela gente. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:46 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 181 - mem Paulo sofria demasiadamente. Conviver entre a dependência familiar e a megalomania. As duas forças o apertavam sem pena e ressentimento. Ele espirrava bem à frente e como único recurso comia e falava incessantemente. Era a única via de mão dupla, por onde poderia passar, até sufocar a sua própria ansiedade. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:44 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem Postagens mais recentes Postagens mais antigas Início Assinar: Postagens (Atom) Minha lista de blogs http://francomacom.blogspot.com/ O VAI E VEM DO RECADO AMOROSO 2 dias atrás http://umefjuizjairomattosnews.blogspot.com/ DÉBORA VAZ, PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SEU PROJETO EXTRAORDINÁRIO 2 dias atrás http://cafepoema.blogspot.com/ EU, ELA E A JANELA 4 dias atrás http://joseluizteixeiradoamaral.blogspot.com/ FANTÁSTICO! 1 semana atrás http://adameveelsalem.blogspot.com/ PERDÃO: CURA DE TODOS OS MALES 2 semanas atrás http://shalomelshadai.blogspot.com/ JOSUÉ, O SOL, TORÁH E A CABALÁH 2 semanas atrás http://tronodesalomao.blogspot.com/ Dr. FERNANDO FERRARI NOGUEIRA CAMPOS - O REI DA ESTÉTICA 2 meses atrás http://sosbrasileiro.blogspot.com/ GOOGLEM EM BLOGGER 3 meses atrás http://projetolorena.blogspot.com/ BELO TEXTO DO PROFESSOR LOACYR CLÁUDIO (PROF.CICA) PARA O DIA DAS MÃES 4 meses atrás http://rabinoyoussef.blogspot.com/ DIRETORA COMETE ASSÉDIO MORAL, MAS É UMA QUESTÃO PSICO-ESPIRITUAL 4 meses atrás Seguidores Arquivo do blog ▼ 2011 (74) ► Setembro (3) DOAÇÃO FANTASMAGÓRICA - Miniconto 208 ENCONTRO DO DESENCONTRO - Miniconto 207 O INESPERADO DE UMA GRANDE SURPRESA - MINICONTO 20... ► Julho (1) MINICONTO 205 - A valsa do vento ► Maio (2) MINICONTO 204 - Trocadilho solar/do amor MINICONTO 203 - A cruel face da existência ▼ Abril (9) MINICONTO 202 - ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICOS NA PRAIA MINICONTO 201 - O outro pedaço da história MINICONTO 200 - O PREÇO DA CORDA - Malchuth MINICONTO 199 - A COLHEITA NEFASTA - Yesod MINICONTO 198 - NA MORTE A HERANÇA DAS FLORES - Ne... 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Dr.Pedro estava tão compenetrado na sua mesa de trabalho, examinando as correspondências referentes às doações de órgãos e ao mesmo tempo pensando nas enormes filas de necessitados, que nem percebeu a presença daquele ilustre visitante: "Bom dia! Dr. Pedro!" "Bom dia! meu amigo, o que você deseja?" "Eu não desejo nada para mim, vim aqui apenas para doar meu fígado à sua Instituição!" "Seu fígado? Mas como você vai sobreviver sem ele?" "Olha, Doutor, já doei meu coração, meus dois pulmões, meus rins, minhas córneas...." Dr.Pedro nem esperou que o cara terminasse seu discurso e foi logo estendendo a mão para despedir-se dele, com certeza, um maluco que entrara sem ser notado no recinto. Mas ao tocar em sua mão, não havia mão, nem braço, nem corpo, nem nada. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 06:49 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 08:43 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem O INESPERADO DE UMA GRANDE SURPRESA - MINICONTO 206 Lena levantou-se rápido da cama, escorregou no tapete, bateu com as mãos na mesinha, quebrou o despertador, um retrato de seu pais e seu vidro de remédios espatifou-se pelo chão. Saiu tropeçando, foi à cozinha, ainda relembrando da festa de seu aniversário ontem à noite, derrubou o litro de leite no chão, esbarrou na cristaleira e quebrou várias taças e pires. Sentou-se na sala para ver os presentes ganhos. Um lhe chamou a atenção: um par de sapatos. Experimentou calçá-los. Não pode. Quem lhe deu o presente, não podia imaginar que ela acordaria no dia seguinte com os dois pés esquerdos. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 07:18 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Todas as pedras que pareciam animais pré-históricos estavam fora do lugar, como se estivessem movimentado à noite. Pedras-elefantes-rinocerontes-tartarugas gigantes-sapos-baleias-dinossauros, etc. enormes em lugares diferentes. O sapo gigante em que estava sentada, respirava lentamente, enquanto o oceano chocava-se violentamente contra eles. Em apenas cinco dias ela descansou o suficiente para sentir-se em paz e aprender com a natureza o jogo do disfarce. Era o que precisava para enfrentar o mundo e as ondas de vai e vem de seus habitantes. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:13 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem sexta-feira, 22 de abril de 2011 MINICONTO 201 - O outro pedaço da história Contaram-me assim: a família saiu para um passeio no campo. O pai, a mãe, a tia, o tio,um colega, a filha com o namorado. Contaram isto para vocês também. Num segundo sumiu a filha com o namorado, no meio do mato. A mãe desesperada: "Meu Deus, onde se meteu minha filha com o Ricardo?" O tio: "Não se preocupe Maria. O Ricardo não é Ricardão. Ele é vegetariano, portanto não come carne!" O que ninguém conta e aliás ninguém dá atenção aos artistas de fundo de cena, que muitas vezes são mais atores que os canastrões de primeira linha, foi o que disse João, colega dos namorados, encostado numa castanheira: "Ricardão, já é ultrapassado. Lá na Escola, seu apelido é Beija-Flor!"
MINIPALAVRA Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão. quarta-feira, 17 de novembro de 2010MINICONTO 49 Pedrinho enterrou a cara no doce de amendoim. Todos os seus órgãos internos entraram em combate mútuo, numa pororoca tresloucada. Corre pela rua lateral. Não, não vai dar tempo. Pede rápido num bar uma rolha de cortiça, se disfarça atrás de um carro e enfia o tapa litro no ânus. Sai correndo pela ladeira em direção ao morro. Lá não teve como evitar a explosão. Aliviado ficou, mas entristeceu-se demais no dia seguinte quando viu a manchete no jornal: Choveu merda duas horas na favela ao lado do morro da Aleluia e uma rolha de cortiça quase matou uma criança. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:28 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 48 O poeta, embora convidado para a festa municipal, foi abandonado e ninguém ligou para ele. No dia em que ele foi embora, uma turma pediu para que ele fizesse algum poema para a cidade. O poeta cantador, colocou o pé direito no primeiro andar do ônibus, botou a viola na coxa e despachou: "Adeus terra de barafunda, terra de estranha gente, por falta de comida me deu limo nos dentes, e por não defecar me deu teia de aranha na bunda!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:13 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Ela passava tanto creme nas pernas, que pareciam duas madeiras envernizadas com óleo peroba. Acreditou que os cupins iam pertubar a dorminhoca e assim podia nascer o clima. Repetiu o método por sete noites e a mulher nem aí. Na oitava noite trovejou forte. Os dois assustaram e a cama quebrou. Os cupins tinham comido o engradado da cama. Os dois ficaram engessados durante sete meses. Uma morta viva ao lado de um morto de fome. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:49 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem terça-feira, 16 de novembro de 2010MINICONTO 45 Pedro passeia pela calçadão da praia. De quando em vez desvia seu olhar para a areia. Também aprecia o mar. As ondas, nem se fala, de tão lindas que são à beira praia, parecendo renda. A loura vem em sua direção. Ela é muita bela. Sorri, exibindo seus óculos de sol. Pedro tenta se esquivar. Ela segura rapidamente em sua mão. Pedro se assusta. "Vamos então, Marquinhos!" , gritou a loiraça. Pedro arregala os olhos. Nunca tinha visto aquela criatura antes. Ele é tímido e sistemático. Não sabe dançar, tem uma noiva em Minas e só se comunicam pelo telefone. Pedro detesta computador. A loura complementa: "tênis branco, short marrom, camiseta de nylon! E olhe que você ainda escreveu na tela: andar meio desengonçado! Nos veremos por volta das dez, na curva do calçadão!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:40 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 44 "Alô, quem fala?" "Quem é que tá querendo falar?" "Então como foi?" "Infelizmente foi assim mesmo!" "Não é a pessoa errada não?" "Você tem certeza?" "Não brinca!" "Isto não é um engano? É muito comum se enganar!" "Não, não foi não. Foi o outro que atravessou o sinal!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:28 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINIPOEMA 11 Era uma palavra só. Descobriu que tinha um grande sobrenome: mente! somente não se sentiu mais só. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:21 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem segunda-feira, 15 de novembro de 2010MINIPOEMA 10 Não! Ene a ó til ! Não! NA....... narcótico anônimo, oh! tiro! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 08:31 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Numa manhã forjou outra máscara, vendo-se descoberto. As máscaras entraram em luta interna e ele internou-se num hospício, antes do alvorecer. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 12:31 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quarta-feira, 10 de novembro de 2010MINICONTO 42 - louçângolê Clóvis é um leitor atento. O ano passado leu quase toda a obra de Machado de Assis. Este ano está lendo Guimarães Rosa. Sem contar o jornal diário e meia dúzia de revistas mensais. É tudo uma questão de disciplina e pontualidade. Por exemplo, ele cumpre o ritual precisamente, cronometradamente, lá no seu cantinho. Senta-se, apanha o livro, lendo algumas páginas, folheia as revistas, levanta-se, arruma a roupa, dá a descarga e sai para trabalhar. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 15:07 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 12:49 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 40 - sepher Ninguém pode dizer que ele não foi um homem poderoso. Acima de tudo foi um verdadeiro amigo, amou seus filhos, conseguiu equilibrar duas coisas difíceis: a administração e a mística. Não é fácil governar e ser espiritual ao mesmo tempo. Ele suou a camisa. Podemos dizer que abriu mares, fez de tudo para sobreviver com os seus, tirou água da pedra, no linguajar do povo. Mas venha cá, grande mesmo foi seu filho predileto. Embora tenha pouca fama. Mas deu de dez a zero no seu pai. Ele parou o sol sobre Gabalaon e a lua sobre o vale de Ajalon, pedindo a Deus é lógico. Tudo isto, sem voar ninguém pelo espaço, sem prejudicar o sistema solar, sem cancelar seis horas na terra! Com todo o respeito meu caro Moisés, mas Josué abusou, você não acha? Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:47 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 39 - se e só se Podemos afirmar que foram gêmeos instantâneos. Nasceram juntos. Desenvolveram juntos. Cresceram juntos. Viram rosas, jardins, paisagens, acidentes, cidades, rios serpentuosos, mares, noites estreladas, mulheres bonitas com corpos de cetim. Agora um só vive pela fresta do esforço de cada coisa que absorve: 5 graus no direito, enquanto o esquerdo adormeceu no leito de seu nervo óptico. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:33 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Paguei com meu dinheiro. Quem escolheu fui eu. Amanhã vai ser como eu quero. Eu tenho personalidade. Não dou obediência a ninguém." "Vê se descansa um pouco, vá dormir Romeu!" Na janela de baixo, leve como uma pomba, Carlos estende a alma em continência as umas crianças brincando de casinha no estacionamento. A faxineira sempre diz: "O sorriso do Seu Carlos é do tamanho da porta automática do Shopping. É só chegar perto que ele se abre!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:19 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 36 - genoma Sérgio deita-se no divã para entrar em regressão. No painel das probabilidades: um jogador beberrão, uma prostituta falida, um estelionatário, um megainvestidor infeliz e cardíaco, um monge abandonado, um fanático carregando uma cruz, um fracassado, uma sargentona... Sérgio não é o vencedor da corrida... é o que deu mais sorte! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:12 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 35 - a + b + s + u + r + d + o = absurdo O romance é maravilhoso. Ela o atrai. A paixão salta a realidade. Toma-a pelas mãos e passeiam no parque. Um dia ela desabafou: "Vivemos na ilusão, no maya. Nossa convivência só dura depois que você fecha o livro e vamos. Quando você volta e abre o livro, eu me recolho ao íntimo da história. Depois que terminar de lê-lo eu como todo personagem ficarei sem graça após o fim." Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 03:08 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem Postagens mais recentes Postagens mais antigas Início Assinar: Postagens (Atom) Minha lista de blogs http://francomacom.blogspot.com/ O VAI E VEM DO RECADO AMOROSO 2 dias atrás http://umefjuizjairomattosnews.blogspot.com/ DÉBORA VAZ, PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SEU PROJETO EXTRAORDINÁRIO 2 dias atrás http://cafepoema.blogspot.com/ EU, ELA E A JANELA 4 dias atrás http://joseluizteixeiradoamaral.blogspot.com/ FANTÁSTICO! 1 semana atrás http://adameveelsalem.blogspot.com/ PERDÃO: CURA DE TODOS OS MALES 2 semanas atrás http://shalomelshadai.blogspot.com/ JOSUÉ, O SOL, TORÁH E A CABALÁH 2 semanas atrás http://tronodesalomao.blogspot.com/ Dr. FERNANDO FERRARI NOGUEIRA CAMPOS - O REI DA ESTÉTICA 2 meses atrás http://sosbrasileiro.blogspot.com/ GOOGLEM EM BLOGGER 3 meses atrás http://projetolorena.blogspot.com/ BELO TEXTO DO PROFESSOR LOACYR CLÁUDIO (PROF.CICA) PARA O DIA DAS MÃES 4 meses atrás http://rabinoyoussef.blogspot.com/ DIRETORA COMETE ASSÉDIO MORAL, MAS É UMA QUESTÃO PSICO-ESPIRITUAL 4 meses atrás Seguidores Arquivo do blog ► 2011 (74) ► Setembro (3) DOAÇÃO FANTASMAGÓRICA - Miniconto 208 ENCONTRO DO DESENCONTRO - Miniconto 207 O INESPERADO DE UMA GRANDE SURPRESA - MINICONTO 20... ► Julho (1) MINICONTO 205 - A valsa do vento ► Maio (2) MINICONTO 204 - Trocadilho solar/do amor MINICONTO 203 - A cruel face da existência ► Abril (9) MINICONTO 202 - ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICOS NA PRAIA MINICONTO 201 - O outro pedaço da história MINICONTO 200 - O PREÇO DA CORDA - Malchuth MINICONTO 199 - A COLHEITA NEFASTA - Yesod MINICONTO 198 - NA MORTE A HERANÇA DAS FLORES - Ne... 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MINICONTO 65 - angel - lux MINICONTO 64 - extra-robôs MINICONTO 63 - australopitekus modernus MINICONTO 62 - a fantasma da cópula MINICONTO 61 - actualité MINICONTO 60 - res-publicus MINICONTO 59 - alienex/consumitrix MINICONTO 58 - national kid MINICONTO 57 - revisão MINICONTO 56 - legendário MINICONTO 55 - aquarela MINICONTO 54 MINICONTO 53 - surprise MINICONTO 52 - Zoon z MINICONTO 51 MINICONTO 50 MINICONTO 49 MINICONTO 48 MINICONTO 47 MINICONTO 46 MINICONTO 45 MINICONTO 44 MINIPOEMA 11 MINIPOEMA 10 MINIPOEMA 9 MINIPOEMA 8 MINIPOEMA 7 MINICONTO 43 -mini- logz MINICONTO 42 - louçângolê MINICONTO 41 - sephiroth MINICONTO 40 - sepher MINICONTO 39 - se e só se MINICONTO 38 - mega(co)sena MINICONTO 37 - real(idade)² MINICONTO 36 - genoma MINICONTO 35 - a + b + s + u + r + d + o = absurd... MINICONTO 34 - ??? 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MINIPALAVRA Se a matemática encontrou a fórmula para representar grandes idéias, encontrei na minipalavra uma forma de representar contos e poesias. Procuro extrair perfume das palavras e as colho pelos pólens de suas sílabas. Sou um caçador/coletor da era digital e digo que não é tão fácil, nem tão simples assim a caça e a colheita de minicontos. Exige aprimorar o conhecimento, para que a envergadura do arco não seja frágil e a descoberta das estações não fique em vão. sábado, 4 de dezembro de 2010MINICONTO 67 - "fiat lux!" Percebeu um estrondo. Olhou em volta. Observou a enorme montanha em sua frente. Um colar de favelas ao seu redor. Meia hora esperando o ônibus na rua debaixo do morrão. Sobre o morrão, em forma de um boné, outro que daria para destruir tudo em volta. Mais um estrondo. Entre um vai e vém de tudo e o resto da rua: "OH!". Silêncio do nada. Antes do OH! foi o OM! Desta vez o verbo ficou para o fim! Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 02:34 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 66 - c'est la vie Monique levantou-se cedo. Tirou o boneco do berço. Deu dois tapinhas no ombrinho de sua filha para acordá-la. Serviu-lhe o café da manhã com um abraço de mãe e um beijinho na face: "estude direitinho e faça o desenho do ursinho para mim!" No dia seguinte dá o último beijinho na face da filhinha junto com seu bonequinho e o esboço de um ursinho. A terra cobre tudo. Lá na escola, um monte de escombros aguarda a perícia. Nas bancas, os jornais são vendidos aos montões. Quando a curiosidade é um prato feito, faz do amor um prato sem fundo. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 02:27 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quinta-feira, 2 de dezembro de 2010MINICONTO E MINIPOEMA: UMA FORMA SINTÉTICA E HOMEOPÁTICA DE SE COMUNICAR NO www.minipalavra.blogspot.com Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 06:52 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem terça-feira, 30 de novembro de 2010UMEF JAIRO MATTOS:MODELO EM EDUCAÇÃO/www.sosbrasileiro.blogspot.com(GOOGLE-BLOGGER) Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 07:13 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem sexta-feira, 26 de novembro de 2010MINICONTO 65 - angel - lux Sofia deitou-se cedo, naquela noite chuvosa. A tempestade lavava a praça e dançava como um maestro hiperativo entre as árvores ruidosas. Atende ao celular que está ao seu lado na cama: "Durma com os anjos, meu anjinho amado!". Sofia sobrevoa um prado. Girassóis se inclinam enquanto ela passa. Sente-se um anjo. Não tem sexo, nem é vítima da mortalidade. Não é mais Sofia. Apenas um anjo da guarda a mais no mundo. Está sempre atrás de um senhor de idade. Ele é um dos últimos que ainda acreditam nos anjos. Se ele tropeça, ela o ampara. Quando ele vai sentar-se, ela o segura para que não caia. Ela o ajuda a erguer a taça de café e a comer a torradinha de manhã cedo. Sendo anjo, cumpre seu papel ao lado de quem o invoca. Ajuda-o a passar pela roleta do banco, quando vai buscar sua aposentadoria. Cria uma nuvem negra na frente dos assaltantes para que não o assalte. Ela o guia pelas ruas mal calçadas. De repente ele tem um ataque cardíaco e morre. Sofia acorda. Olha o celular. Dezenas de ligações, pois dois dias se passaram e os parentes ficaram preocupados, pois ela mora sozinha. O namorado que estuda na Irlanda, também lhe passou vários email!s e telefonemas. Atende primeiro à sua mãe: "Ei! Mãe! Estou muito bem. Sou mortal. Como não tenho certeza de nada, vale a pena viver! Não sei se depois desta vida tem outra, ou .... seja como cada religião interprete. Imagine se eu fosse um anjo! Que graça teria? Não saberia o que é o amor entre os sexos! Não haveria pergunta nenhuma a fazer? Não saberia o sabor da dúvida e o saber da busca! Estou bem mamãe. Como é bom ser humano!" A mãe, sem entender nada, exclamou: "Ah! Sofia, você sempre foi exótica assim mesmo! Fique com Deus meu anjo!" Sofia liga a tv com o controle remoto, no jornal do meio dia: "Atenção, morreu nesta manhã, o famoso escritor de contos absurdos, com a idade avançada. Faleceu numa rua deserta, abraçado entre as últimas folhas da primavera!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 08:02 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 64 - extra-robôs Mobil X já conectou vários dados: é um planeta em terceira posição a partir da estrela central, além de ser um mundo rochoso, também é muito denso, formado há quatro e meio bilhões de anos...Tudo começou quando há algumas dezenas de anos, os cientistas resolveram desenvolver sistemas em robôs que interpretassem as estruturas biológicas humanas. No início estas máquinas já mapeavam o espaço, diferenciando frutas, flores, pedras, inclusive com registro de dados totais a respeito de cada coisa, bem como quaisquer redes complexas, como por exemplo as das proteinas. Descobriram modelos matemáticos que reconhecessem padrões em redes neurais caóticas, ou seja sistemas dinâmicos não lineares, onde não há possibilidade de previsão nas múltiplas probabilidades. Mobil X é um ultra-robô, resultado de todas estas pesquisas. Possui um sistema que soluciona a teoria do caos, desde quando seus antepassados procuravam desvendar a mutabilidade do vírus da AIDS e o funcionamento do DNA. Desta forma Mobil X se aperfeiçoa como outros milhões de robôs sobre a face do planeta que dominam. A humanidade após sucessivas guerras e destruição do meio ambiente, mudou as forças gravitacionais do planeta, deformando-o, criando uma fricção em seu interior, aumentando demais a temperatura e o volume do mesmo. Mobil X e suas réplicas organizam sistemas de abrigo para estes seres e providenciam a cada mudança de situação planetária, condições para a produção de alimentos e água. Os robôs agora estão desenvolvendo naves para transporte em massas dos habitantes, tendo em vista que o planeta está morrendo. Detectaram a novecentos mil anos/velocidade padrão pensamento, um planeta com condições de receber populações em massa, devido oferecer as mesmas possibilidades que o seu. Este planeta tem um atomosfera adequada ao desenvolvimento de organismos,uma camada de ozônio que em conjunto com seu campo magnético anula raios gama X e ondas ultra-viletas, com uma vida prevista para ainda um bilhão e meio de anos. Além disto, seus habitantes estão com um atraso de trezentos anos, mas num ponto ideal, com tempo limite para não repetir a catástrofe pelo qual passou o seu moribundo planeta. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 02:02 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Ao longe um navio singra mansamente e desaparece. Vários deles fizeram o mesmo roteiro nesta tarde. O celular toca. Alguém deixa uma mensagem cobrando sua ausência numa festa. Regressa ao computador e compra pelo mercado livre uma filmadora de última geração. De novo na varanda diante do mar... na cozinha diante da geladeira, do microondas.... da televisão....do som....Ah! uma música lhe faz pensar quando diz "eu pescador de mim..." Silva vive a síndrome do homem moderno. No paleolítico e neolítico, o homem era um caçador-coletor para suprir sua sobrevivência. Agora, com tudo nas mãos e um vazio na alma, o homem é um pescador de si, à procura de si, no pânico de encontrar-se um dia, dentro de si mesmo, consigo mesmo. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 09:25 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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Tinha uma dificuldade enorme de comunicar-se e era ali, onde se cuidava mais de não dizer nada de si, uma vez que naquele lugar se sabia muito sobre ela. Em outros locais se apresentava com outros nomes. Tornara-se uma morta-viva, ou como queiram, uma semi-morta ou semi-viva, amarelada pelo tempo. Tão desbotada pelos anos como as recordações das pessoas mais velhas, quando em rodas de conversas, lembravam da história de um pai que havia estuprado sua filha e que ninguém nunca mais viu. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:08 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 61 - actualité A chuva caia torrencialmente. Ela corria tentando galgar o outro lado da rua, onde fica a galeria. O vento leva sua peruca, deixando expostos seus cabelos brancos e ressequidos, tentados mil vezes à amônia cobrir a desvantagem dos anos. A maquiagem derrete e cai pela blusa de nylon. A água desce com muita força, os carros passam jorrando fontes para as laterais. Descolorem as sombracelhas e os cílios retornam ao natural. A meia longa fura, entra água e se despedaça, sobrando as pernas com suas varizes como rios nos mapas. A roupa cola no corpo murcho e envelhecido. Surge uma oportunidade e ganha a galeria. Consegue sentar-se em um banco, toda encharcada. Retira o espelho da bolsa, que é uma lama pura. Vê-se em plena realidade. O que sobrara de todo o aparato para chegar à festa? Poderia pensar o contrário. Sobrou muita coisa. Restou a vida com sua experiência. Regaram histórias em cada marca na face, que são estradas de mil sóis. Os sinos da velha matriz do tempo badalam as horas de encontrar-se os netos. De contar aos filhos as peripécias da vida. De mostrar-se tocada pela existência, mas com uma cantiga tangida pelas cordas do dia a dia de cada ano. Chegou a hora de sair para fora. De deixar-se olhar através das venezianas das rugas, a sua sala de estar interior. De escapar dos lábios uma palavra de sabedoria. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 09:43 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem domingo, 21 de novembro de 2010MINICONTO 60 - res-publicus Anda rápido pela avenida. Uma hora da manhã, os carros passam silenciosos. Os prédios se alongam intercalando luzes em algumas janelas. Varandas vazias engravidam o luar. Com um prego ele risca vários carros. Com um ferro rasga paredes e vidraças. Chuta as cestas de lixo. Faz dedo para alguns porteiros atentos. Enfia um prego numa fechadura de portão. Encontra alguma coisa para comer numa licheira perto de um bar. Pela madrugada pula na traseira de um ônibus até o pé da favela. Sobe apressado. Desvia dos esgotos abertos. Pula sobre um cão morto. Passa entre varáis. Encurrala-se entre becos. Este é seu mundo. Um vento joga uma folha de jornal sobre um tambor podre. A notícia brilha ao sol: "Governo vai reformar a beira mar com pedras portuguesas". O barraco sempre aberto só espera que ele caia sobre um colchão esfarrapado e durma debruçado sobre a barriga vazia. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:40 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 59 - alienex/consumitrix A vendedora só escutou o grito: "Isto é um assalto. Não brinque que aperto o dedo. Me dá aquele tênis, meu número é 39. A calça jeans, aquela, já sei, estive aqui ontem e medi. O relógio, aquele lá. A camisa, aquela ali que tem um jacarezinho. O celular, este ali. Agora junte tudo isto aqui que estava usando e coloca naquela bolsa lá, de marca. Sobe na escada e quebra a câmera com este grampeador. Ainda bem que não vem ninguém! Fique calada aí por uma hora e não avise os homens não, pois volto e arrebento os teus miolos!". Jeremias sai apressado, enquanto uma sirene toca. É o alarme do shoping. Ele avança por outra galeria. Ao longe dois homens de ternos preto vem correndo em sua direção. Atira e acerta a perna de um deles. Desce a escada rolante correndo com a arma na mão. Tudo vira um corre-corre de uma gritaria danada. O pânico é geral. Um senhor de meia idade passa mal. Ganha o estacionamento. É cercado. Inicia o tiroteio. Baleia outro segurança. Uma bala atravessa seu crânio. Chegou ao fim vestido ao rigor, conforme as normas corretas do padrão social dominante. Mais tarde aparece sua mãe. Boa senhora, diarista e evangélica. Nunca imaginava que ele fosse assim. Era até um rapaz caseiro. Assistia a todos os programas de televisão. Acompanhava as novelas. Adorava filmes americanos. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 13:11 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 58 - national kid O casamento como um todo foi um espetáculo único pertinente a dois, estendido a todos. O momento do jogar o buquê, sim, este foi o mais longo e esperado. Mas chegou à medida de toda a aflição. A mulherzada se reuniu à frente do casal e a noiva brincava de vai e vém, joga e não joga, enquanto a galera ia para um canto e outro. Foi nisto que Carlos, um pouco bêbado, resolveu ser inédito na vida e entrou no meio da galera. Nisto o buquê voou pelos ares como um míssil e a turma alvoroçou em cima, com Carlos dentro. Não se sabe como na mãozada que ele deu, arrancou uma calcinha azul que escondeu rapidamente no bolso. Mas a dona percebeu. Carlos saiu sem graça para uma grande varanda que dava para um pomar, onde as árvores eram todas do mesmo ramo no meio da escuridão. A moça se aproximou: "Cara, você é o máximo. Quero me casar contigo, se você me prometer pelo menos duas vezes por semana, dar um mergulho igual a este e sair com a minha calcinha na mão!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 09:02 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 57 - revisão Retirou o revólver da gazeta. Conferiu o tambor cheinho. Bam! Todo mundo escutou o tiro que ecoou pelo bairro. Os vizinhos mais perto perceberam o ruído de um corpo caindo no assoalho e um grito. Uma bala perdida cravou no muro de uma escola, que ficou ilhada de medo por duas horas. Um pedaço de sabão salvara a vida daquele homem, que embora no tombo tenha quebrado duas costelas, percebeu que uma bala perdida e um pedaço de sabão, fizeram-no encontrar uma razão para viver. Estava rodeado de pequeninas coisas que tinham enormes condições de ensinar-lhe a buscar uma saída para os grandes problemas que considerava ter. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 08:05 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 56 - legendário Agora rema em direção ao norte. Um gavião corta o céu perseguindo uma andorinha em fuga. O vento noroeste sopra de mansinho. Os prédios balançam conforme a maré, com suas janelinhas forradas de solidão. A tarde caminha com uns pingos que caem do chuveiro. Com certeza não deve ter apertado o registro com força. Rema mais veloz. É preciso desviar das pedras. Juca morreu porque bateu numa pedra rasa. Sabe que as quilhas estão bem firmes. O convés permanece vazio e só encherá à tarde. A proa se assemelha a um quadro de Dali. As adriças são cordas de cortina. O timão fora deslocado para a popa. O leme se adequava a cada movimento. Levanta, vai até a cozinha para beber água. Volta e senta-se em sua cadeira de balanço. Cada balançar vai passando a limpo as suas lembranças. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 07:56 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 55 - aquarela Ana adora a praça. Hoje está sentada, pernas cruzadas, mostrando o ângulo do encontro sensual de suas coxas. Lê um livro, ou melhor, vê mais fotos do que leitura em si. O livro traz fotografias de pessoas em diversas ocasiões e épocas. Um carnaval de 1930 chamou-lhe a atenção um casal de querubins. Nma ruazinha do início do século concentrou-se nos chapéus brancos, assim como nos ternos de casimira. A professorinha de um jardim de infância dos anos 60, em suas mãos com a famosa Cartilha Sodré, deixou-a maravilhada. Viu a inquietude congelada na foto de uma fila de cinema dos anos 50, para assistir ao clássico da época "Os últimos dias de Herculano e Pompéia". Percebeu que a maior parte das pessoas pensava que era uma história de amor. Ana agora passa os olhos pela praça. Crianças pulam, sobem, escorregam. Mães com brinquedos e vidros de água nas mãos conversam entre si. Um pipoqueiro vende pipocas a minuto, feitas no micro-ondas. Várias pessoas comendo pizzas ao ar livre. Um louco passa sem perceber seus sintomas. Ana começa a pensar em quantas vezes veio àquela praça. Agora era estava diante da página atual de um livro vivo. Um livro em que as figuras e as palavras vão se escrevendo sem nunca se repetir. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 05:05 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 54 "Nem Dali, nem André Breton,Freud, Nietzsche, Mallarmé, Kafka, Heidegger, Guillaume Apollinaire, Paul Éluard, Louis Aragon, Jacques Prévert, Antonin Artaud, Juan Miró, Luis Buñuel, Benjamin Péret, Philippe Solpault, Drumond, Pessoa, Borges, Neruda ou seja quem for, que vão para o lixo que eu vou buscar o luxo da vida!" Assim Fernando beirando os trinta, pálido de ler, partiu para a realidade como ele pensava. Embriagou-se nos multifocos das luzes das boates, atravessou ruas noturnas, bebeu com os ébrios, dormiu com todas e confundiu a via láctea com as luzes dos cabarés. Encontrou milionários buscando a felicidade numa garrafa de wisk. Conheceu mulheres desamadas. Trocou emails com amantes desmedidas. Vasculhou o fundo das pensões, enfumaçou os distantes terrenos baldios e se transformou em um novo personagem de um livro de um escritor surrealista que estava pesquisando a súbita realidade. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 04:39 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 53 - surprise Abriu a gaveta rapidamente, tirou um retrato amarelado pelo tempo e disse: "Tá vendo, este aqui foi o seu pai! Olha o rosto carrancudo. Semblante fechado não dando espaço nenhum para sair alguma palavra. Braços rígidos, incapazes de abraçar alguém!" Guardou o retrato na gaveta. Fechou-a demoradamente. Olhou para seu filho. Deu um sorriso. Abraçou-o e disse: "O mesmo tempo que amarelou aquele retrato, foi o mesmo tempo que me amalgamou. Aquele, um dia foi seu pai, este agora é o seu verdadeiro pai!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 02:56 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem quarta-feira, 17 de novembro de 2010MINICONTO 52 - Zoon z Levantou-se da cadeira, atravessou o saloon e foi ao banheiro urinar. Voltou, olhou de frente a platéia e pensou: corri mundo, encarei milhares de platéias iguais a estas. Este filme ganhou um oscar, enquanto eu não passo de um simples personagem e caricatura de um ator coadjuvante. Na próxima vez que repetir esta cena, vou ficar lá no banheiro e tenho certeza que não fará diferença nenhuma para o fim do filme. Daqui a pouco o ator principal entra. Ele briga com todo mundo. Dá cambalhotas e o chapéu não cai de sua cabeça. Eu morro com dois tiros. Que diferença faz, se eu passar o resto do filme, sentado lá no banheiro? Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 15:58 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 51 O brutamonte sai cambaleando do bar. O único aperitivo do dia. O seu último trago. O que ficou dentro do bar, com semblante triste, chama o proprietário: "vem cá para você ver ele morrer em segundos". O grandalhão tropeça, cai, bate com as pernas e os braços, se estica e morre. O deprimido volta para o dono do bar e fala: "Nem pra morrer eu sirvo. Coloquei chumbinho na cachaça e quando ia beber, apareceu aquele grandalhão que a tomou de mim e ainda me disse - baixinho e penico é pra ficar dentro de casa! Depois que me roubaram tudo, ainda apareceu um cara para roubar minha morte!" Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 15:44 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz Links para esta postagem MINICONTO 50 Luzia atravessou toda a cidade de vestido e sem calcinha. O cuidado nem se fala. Longe de barata, de rato, não cruzar as pernas na lanchonete, ficar atenta com qualquer pé de vento.... Mas quanto ao Carlos, bem, valeria a pena correr todo o risco de atravessar a cidade desprevenida e mal intencionada. Postado por José Luiz Teixeira do Amaral/Adameve El Salem às 14:32 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! 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